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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
Bolsa-família X bolsa-banqueiro: como gastar o dinheiro público?
Reproduzo aqui gráficos que ilustram os gastos do governo brasileiro com o conjunto de despesas reunidas sob o título de benefícios sociais. Os gráficos comparam os perfis desses gastos nos governos FHC, Lula e Dilma. Como esses gastos são geralmente as primeiras "vítimas" dos cortes necessários (mesmo?) para produzir superávit primário e poder, com a sobra gerada, pagar os sagrados juros devidos aos credores (banqueiros), vale a pena reter bem na memória o quanto do total de riquezas produzidas pelo país (PIB) é destinado aos benefícios sociais. Detalhe importante lembrado pelo autor do artigo anexo: a parte mais significativa dos gastos sociais está associada ao valor do salário mínimo. Como os governos Lula e Dilma promovem desde o início uma franca política de valorização do salário mínimo, os gastos públicos com benefícios sociais aumentaram significativamente, diminuindo a margem para a produção de superávit primário. Conclusão: não há como defender aumento do superávit primário sem defender uma diminuição dos gastos com benefícios sociais. A pergunta é: por que realizar superávits primários mais altos? No que isso seria benéfico para a economia brasileira? Em que sentido isso seria benéfico para a economia e ao mesmo tempo benéfico para a maioria dos trabalhadores formais e informais brasileiros?
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