sexta-feira, 12 de abril de 2013

Duas notícias da Folha sobre o PIB

Hoje, depois de ler notícia da Folha sobre queda da 'prévia' do PIB para fevereiro, notei que apenas no interior da matéria havia referência ao detalhe de que o valor anunciado na manchete não considerava a influência da sazonalidade. Isto me fez pensar em procurar na internet notícias semelhantes sobre o PIB de fevereiro de 2012, para fazer uma comparação. Eis abaixo o resultado dessa rápida pesquisa:

'Prévia' do PIB [de 2012] aponta queda de 0,23% em fevereiro, diz Banco Central
Trata-se da 2ª queda consecutiva e a maior desde outubro, diz instituição.
No primeiro bimestre, IBC-Br, que mede atividade, avançou 1,15%.
Alexandro MartelloDo G1, em Brasília
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IBC-Br é um indicador criado para tentar antecipar o resultado do PIB
O nível de atividade econômica do país registrou queda pelo segundo mês seguido em fevereiro deste ano, na comparação com o mês anterior, divulgou nesta segunda-feira (16) o Banco Central. O recuo também foi o maior desde outubro do ano passado (-0,58%).
O Índice de Atividade Econômica do BC, o IBC-Br, que é um indicador criado para tentar antecipar o resultado do PIB pela autoridade monetária, registrou recuo dessazonalizado de 0,23% em fevereiro deste ano (140,20 pontos) na comparação com janeiro (140,53 pontos). Em dezembro de 2011, havia somado 140,79 pontos.
No acumulado do primeiro bimestre deste ano, contra o mesmo período do ano passado (sem ajuste sazonal, comparação considerada mais apropriada por economistas), o BC informou que foi registrado um crescimento de 1,15% no IBC-Br.
Resultado de 2011
Em todo ano passado, o crescimento do PIB foi de 2,7%. Por setores, a agropecuária liderou o crescimento no ano, com alta de 3,9%, seguida por serviços (2,7%) e indústria (1,6%). A indústria de transformação, por sua vez, registrou crescimento de apenas 0,1%.
Com base neste cenário, o governo já começou a adotar medidas para estimular a economia. Além do processo de corte dos juros, a equipe econômica tem atuado para que o dólar fique em um patamar mais alto, para elevar as exportações. Atualmente, o dólar está acima de R$ 1,80.
O governo federal também lançou, recentemente, um pacote de estímulo à competitividade das empresas brasileiras, englobando a ampliação do processo de desoneração da folha de pagamentos; o aumento e barateamento da oferta de crédito para o setor produtivo; além de ações de defesa comercial e do lançamento de um novo regime automotivo – que pretende estimular investimentos no Brasil e aumento do conteúdo local (peças nacionais).
Definição dos juros
O IBC-Br é uma das ferramentas utilizadas pelo Banco Central para definir a taxa básica de juros da economia brasileira. Atualmente, os juros básicos estão em 9,75% ao ano. A taxa começou o ano de 2012 caindo para estimular o nível de atividade econômica, em meio aos efeitos da crise financeira internacional. A previsão do mercado financeiro é de que os juros recuem para 9% ao ano em abril e assim permaneçam até o fim de 2012.
Pelo sistema de metas de inflação, que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas. Para 2011 e 2012, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.
IBC-Br
Antes divulgado por estados, e por regiões, desde o início do ano passado o indicador passou a ser calculado com abrangência nacional. O índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, da indústria e do setor de serviços, além dos impostos.
"A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores da economia acrescida dos impostos sobre produtos, que são estimados a partir da evolução da oferta total (produção mais importações)", explicou o Banco Central.

'Prévia' do PIB [de 2013] cai 0,52% em fevereiro, aponta Banco Central
Em janeiro, IBC-BR, que é uma prévia do PIB, apontou alta de 1,29%.
Dado de fevereiro foi divulgado pelo BC nesta sexta-feira (12).
Fábio AmatoDo G1, em Brasília
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O Brasil registrou em fevereiro queda de 0,52% na atividade econômica, de acordo com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), que é um indicador criado para tentar antecipar o resultado do PIB pela autoridade monetária. Os números foram divulgados nesta sexta-feira (12).
Nos últimos 12 meses até fevereiro de 2013, a economia brasileira apresenta crescimento positivo de 0,87%
Comparado com o mesmo mês do ano passado, o IBC-BR de fevereiro de 2013 tem crescimento de 0,44%, sem se considerar o ajuste sazonal.
Nos últimos 12 meses até fevereiro de 2013, a economia brasileira apresenta crescimento positivo de 0,87%, segundo o BC. O índice havia apontado aumento de 1,29% na atividade econômica em janeiro, indicando que o Brasil começava 2013 com a economia em alta na comparação com dezembro.
Em todo o ano passado, segundo números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a economia brasileira registrou crescimento de 0,9%. O resultado – que ficou muito longe dos 4% esperados pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, no final de 2011 - foi o pior desde 2009, quando o Produto Interno Bruto (PIB) havia registrado recuo de 0,3%.
O fraco desempenho da economia aconteceu apesar de várias medidas anunciadas pelo governo no decorrer de 2012, como a redução do IPI para linha branca e automóveis, além do corte dos juros básicos da economia para 7,25% ao ano (mínima histórica), do aumento do dólar e da redução em mais de R$ 100 bilhões dos chamados depósitos compulsórios.
O governo também reduziu, no ano passado, o IOF para empréstimos tomados pelas pessoas físicas, deu prosseguimento à desoneração da folha de pagamentos, liberou mais crédito para os estados, anunciou um programa de compras governamentais de R$ 8,4 bilhões, e também tomou medidas de defesa da concorrência.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, que estimava uma expansão da economia acima de 4% para este ano no fim de 2012, revisou seus números após a divulgação do PIB do ano passado, e, neste momento, projeta uma expansão entre 3% e 4% em 2013.

IBC-Br
Antes divulgado por estados e por regiões, o indicador passou a ser calculado com abrangência nacional. O índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, indústria e setor de serviços, além de impostos.
"A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores da economia acrescida dos impostos sobre produtos, que são estimados a partir da evolução da oferta total (produção mais importações)", explicou o Banco Central.
Definição dos juros
O IBC-Br é uma das ferramentas utilizadas pelo Banco Central para definir a taxa básica de juros da economia brasileira. Com crescimento menor, por exemplo, teoricamente haveria menos pressões inflacionárias. Atualmente, os juros básicos estão em 7,25% ao ano (a menor taxa da história).
Pelo sistema de metas de inflação, que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas. Para 2013 e 2014, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.

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