quinta-feira, 6 de junho de 2013

A mídia agourenta

Reproduzo abaixo texto do Edu Guimarães (blog da Cidadania) de refrescante otimismo, em meio ao noticiário cotidiano agourento sobre o Brasil. O autor responsabiliza os barões da mídia por a taxa de investimento no Brasil não ser ainda tão vultosa quanto poderia já ser. Obviamente, tu não verás os jornalistas da Globo, Folha, Estadão, etc., em público apontado para os seus patrões como culpados. Antes verás no noticiário impresso e televisivo o que todos já vemos há algum tempo: que a culpa disso é do próprio governo, que não foi capaz de fazer as "reformas estruturais" (clichê repetido ad nauseam pelos jornalistas e especialistas com quem eles costumam bater bola), que não estabelece regras claras e estáveis para os investidores,que é leniente com a inflação, que quer controlar o câmbio artificialmente, etc.



Nem sabotagem segura o Brasil





Apesar de o Brasil estar galgando mais um degrau da escada que o levará a se tornar um país mais justo e próspero, é doloroso saber que um pequeno bando de bilionários donos de meios de comunicação e alguns partidos políticos decadentes vêm praticando crimes de lesa-pátria que, em outras épocas, seriam passíveis de condenação penal.
O crime de traição à pátria, porém, guarda relação com estados de guerra. Dessa maneira, como o país desfruta de paz não é possível processar e condenar aqueles que tentam sabotá-lo mesmo sabendo quanto sofrimento poderiam provocar se fossem bem-sucedidos.
Todavia, sendo bem administrado, ninguém segura o Brasil. E graças à fórmula dos seus atuais governantes, estamos nos tornando o país mais promissor do planeta.
Apesar da sabotagem midiática que vem sendo disparada contra o Brasil por empresas de comunicação e partidos políticos com fins puramente político-eleitorais, se formos analisá-lo não apenas por critérios econômicos, mas por estes e mais os critérios de justiça social, nação nenhuma nos faz frente.
Em um momento em que o mundo se convulsiona ante a mais grave crise econômica de sua história, crise essa que pôs os países desenvolvidos de joelhos, levando tantos de seus cidadãos até ao extremo dos extremos, o suicídio, por falta de perspectivas de vida e por não poderem suportar o que veem pela frente em termos de penúria econômica e social, o povo brasileiro se vê não apenas à salvo desse desastre, mas se vê melhorando de vida ano após ano, como se a humanidade atravessasse uma era de ouro.
Antes de explicar por que este país é o mais promissor do mundo, vale explicar antes os problemas econômicos que vem enfrentando e que estão sendo usados por grupos políticos de oposição em uma tentativa criminosa de aprofundar tais problemas de maneira que a sociedade os sinta e, assim, vote como querem esses grupos.
Sobre a inflação, decorre, pura e simplesmente, de um aumento do poder aquisitivo do brasileiro e da inserção de legiões no mercado de consumo de massas, fenômeno que ocorreu de forma extremamente rápida, acima da capacidade do país de aumentar a produção, o que pôs em campo a lei da oferta e da procura – ou seja, do fenômeno de haver menos produtos do que gente querendo comprar, decorre aumento de preços.
Sobre o crescimento, porém, é nesse ponto que se faz sentir o crime de lesa-pátria das famílias Marinho, Frias, Mesquita, Civita e dos partidos PSDB, DEM e PPS, entre outros.
Esse grupo criminoso, entre 2011 e 2012, conseguiu provocar pânico entre os investidores brasileiros e internacionais. Na contramão dos interesses do país, uma das maiores campanhas de propaganda negativa que já se viu tentou afastar investidores estrangeiros e atemorizar os nacionais, no que teve certo êxito, provocando uma redução na taxa.
Para prosseguir a partir daqui, faz-se necessário analisar o gráfico abaixo. Mostra a série histórica do IBGE da taxa de investimento sobre o PIB no Brasil entre 1947 e 2012.

Analisando o gráfico, nota-se que houve momentos fora da curva, mas a taxa de investimento no país vem andando, no decorrer dessas mais de seis décadas de estudo, entre 10 e 20% do PIB.
Exceções foram períodos como o da abertura comercial do Brasil que já se vislumbrava no último ano do governo José Sarney, em 1989, quando o humor do capital melhorou com um país que se abria sem contrapartidas para o mundo – processo que se agravaria com Fernando Collor de Mello em 1990 –, levando a taxa de investimento a 26,90% do PIB.
A partir do segundo ano daquele governo, porém, com o confisco da poupança praticado por Collor, a taxa despencou para 16,70%.
Já em 1994, com a promessa do real, a confiança do capital provoca novo pico no investimento, levando-o à taxa 20,70% sobre o PIB. Mas, tal qual foi com Collor, essa taxa começa a despencar no segundo ano do governo FHC até atingir, em 2002 – último ano daquele governo -, 16,40%.
No primeiro ano do governo Lula (2003), a taxa seguiu caindo (foi a 15,30%) por conta das expectativas levantadas pela mídia, pelos adversários políticos e pelo discurso pregresso do PT. Naquele ano, todavia, aquele governo se mostraria o oposto do que todos pensavam, mantendo respeito a contratos e interlocução de alto nível com a comunidade internacional.
De 2004 para frente, apesar das críticas e dos escândalos – muitos dos quais fabricados ou agravados por opositores –, o governo Lula foi se tornando uma promessa crescente, atraindo o interesse do Brasil e do mundo – foi o período em que seus opositores na mídia e nos partidos caíram em descrédito, sendo ignorados aqui e lá fora.
Nesse processo de soerguimento do país após sua degringolada ao fim do governo FHC, no último ano do governo Lula (em 2010), a taxa de investimento sobre o PIB chegaria a um patamar poucas vezes alcançado na história, de 19,50%.
Taxa de investimento, porém, não tem ideologia: tem medo. Como dizem, o grande investidor/especulador tem os músculos de um leão, mas o coração de um passarinho – apavora-se ao menor sinal de perigo, ou de números menores do que estupidificantes, em termos de rentabilidade.
Em 2011 e 2012, então, a taxa de investimento mostrou que aqueles opositores do governo Lula seguiram bombardeando o governo Dilma Rousseff e obtiveram relativo sucesso.
Os investimentos recuaram. Em 2011 caíram dos 19,50% de Lula para 19,30% e, ano passado, foram a 18,10%. Foi como com FHC, que, no seu primeiro ano, viu o investimento cair de 20,70% do PIB no ano anterior a 18,30% e, em seu segundo ano, a 16,90%.
Contudo, FHC veio de um período de graves problemas nacionais, que infernizaram o país durante os governos Collor e Itamar Franco, tendo a situação do país se tornado mais promissora só em 1994, quando a taxa de investimento chegou àqueles 20,70%.
O governo Dilma poderia ter obtido melhor resultado por ter sucedido um governo que gozava de confiança nacional e internacional que fazia disparar a taxa de investimento, mas não foi assim.
O repique da crise internacional não teria feito o estrago que fez se a mídia e a oposição não tivessem trabalhado duramente para divulgar previsões sombrias que, inclusive, já tombam ante indícios de que não se confirmarão, tal qual ocorreu com a campanha negativa perpetrada pelos mesmos grupos políticos em 2008, quando eclodiu a crise internacional e o mesmo alarmismo se fez sentir, mas, ao fim, fracassou.
Apesar disso, o momento a que chegamos é bastante interessante do ponto de vista de o descrédito dos pessimistas gritalhões – que dispõem de meios eficientes para gritar muito alto – estarem novamente perdendo a força ante a constatação de que nem sabotagem segura este país, pois somos uma nação pujante, rica, em avançado estágio econômico, com a população economicamente ativa se tornando maioria, com as contas públicas equilibradas na menor dívida da história recente, em torno de 35% do PIB.
Enquanto isso, a desigualdade social vai despencando, os salários vão subindo, o consumo das famílias se mantém no patamar mais alto da história, sem quedas e com perspectiva de seguir crescendo, do que é prova o resultado da economia em abril e, mais do que isso, a subida da taxa de investimentos, mesmo que ainda em patamar baixo em relação ao ideal, em torno de 25% do PIB, mas voltando a crescer.
Ora, que outro país emergente pode dizer que conjuga crescimento e investimento com inflação sob controle, contas públicas equilibradas como nunca antes, redução dos problemas sociais, avanço da escolarização e modernização incessante de sua indústria?
Na China, paradigma do mundo moderno, a renda per capita quase duplicou em dez anos. Contudo, só nas zonas urbanas; fora dessas zonas, a grande maioria é composta de cidadãos de segunda classe, sem acesso às maravilhas do mundo moderno, muitas vezes em situações piores do que as nossas e com pouca perspectiva de evolução no curto prazo.
Além disso, a China é uma ditadura, enquanto que somos uma democracia plena que não pode crescer como quer sem levar em conta o bem-estar de seu povo, o que o direito ao voto livre nos permite impor aos que pretendem nos governar.
Eis, aí, o fenômeno que está fazendo o Brasil superar o pessimismo sabotador e mal-intencionado de grupos políticos que não querem o melhor para este país, mas simplesmente voltarem ao poder a qualquer preço, nem que, para isso, tenham que jogar milhões no sofrimento, na carestia, aumentando a violência e todos os demais dramas sociais brasileiros, que ainda são descomunais.
O nosso país, porém, é uma potência que não pode mais ser tolhida por míseras campanhas negativamente propagandísticas. O porte de nossa economia e as riquezas que foram produzidas ao longo da última década se fazem sentir no bem-estar social e nas descobertas de negócios e oportunidades que saltam aos olhos de quem os tenha.
Chegamos a um ponto, caro leitor, que nem a sabotagem segura o Brasil. Podem vir quente, então, barões da mídia, que esta nação está fervendo.

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