segunda-feira, 27 de maio de 2013

O desafio da integração latino-americana

Imagine um dia ligar a TV e, ao passar pelos canais, poder assistir um telejornal sobre os acontecimentos na Bolívia, ou uma série ficcional produzida na Argentina. Imagine uma escola peruana na qual as crianças estudem a história do Brasil ou uma escola brasileira na qual se estude em detalhes a história do Paraguai. O fato de que podemos, por enquanto, apenas imaginar tais situações, sem encontrar exemplos reais para elas, mostra o quanto ainda falta fazermos para integramos cultural, social e economicamente a América do Sul. Quais as dificuldades para realizarmos essa missão tão belamente evocada nas canções de Mercedes Sosa?
Com a palavra, o ex-presidente Lula.

sábado, 25 de maio de 2013

Educação: principal gargalo da economia da brasileira

Abaixo replico artigo publicado no blog do Nassif e produzido pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), no qual se parte de um breve diagnóstico da situação atual do sistema produtivo brasileiro para, em seguida, elencar os dez pontos a serem atacados para resolver o problema da competitividade e da produtividade da indústria brasileira.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

sexta-feira, 10 de maio de 2013

O debate sobre os desafios para o desenvolvimento

A dificuldade em se defender uma agenda conservadora liberal no Brasil reside basicamente no fato de que o capitalismo em nosso país continua - e continuará ainda por muitos anos - refém de entraves que só podem ser removidos com a atuação direta do Estado. Como defender um Estado mínimo aqui, quando mais da metade da população não tem as mínimas condições para participar do mercado de consumo e produção de bens em níveis semelhantes aos de países desenvolvidos? É gente que vive a várias gerações em condições precaríssimas, comprando a vida em pequenas partes a cada dia. Deixar essas pessoas tal como estão, sem nenhum auxílio inicial do Estado, e esperar delas iniciativa empreendedora e capacidade de trabalho competitivo só pode ser uma piada de muito mau gosto - ou delírio de uma vítima de aguda cegueira ideológica.

sábado, 4 de maio de 2013

Os valores que os brasileiros dizem apreciar

A única ressalva que faria ao texto do antropólogo é que o efeito da cultura escrita sobre as sociedades da Europa e dos EUA, ainda que exista, teria sido significativo com a educação em massa das populações, algo que só aconteceu séculos depois da invenção da imprensa por Gutenberg.

A polêmica discussão sobre a maioridade penal no Brasil

O texto abaixo apresenta argumentos contra a redução da maioridade penal no Brasil para 16 anos. O que querem aqueles que são contra ou a favor dessa medida? A mesmíssima coisa: redução da criminalidade no país, seja ela praticada por menores ou maiores de 18 anos. Dado que os índices de criminalidade no Brasil são altíssimos, alguém que deseje vê-los caírem drasticamente deve primeiro se perguntar: quem são as pessoas que mais cometem crimes no Brasil? Quais são os crimes graves (contra a vida) praticados com maior frequência no país? As respostas estatísticas a essas perguntas mostram que os crimes contra a vida praticados por menores de 18 anos são uma ínfima parte do todo (menos de 3%, segundo o autor do texto abaixo): "apenas 14 mil adolescentes cumprem penas de privação de liberdade, contra 513.802 adultos. Toda essa discussão sobre maioridade penal, portanto, está focada em 2,72% do problema da violência e da criminalidade no país". Nesse sentido, aferrar-se a essa discussão parece tão despropositado quanto se dois pescadores, dentro de um barco que começa a encher de água e está longe da praia, gastassem o tempo discutindo sobre qual o melhor balde para tirar a água do barco.
Aparentemente, boa parte dos que se colocam a favor da medida tem por premissa principal a ideia de que a maioria dos crimes cometidos por adolescentes ocorre pela suposta "brandura" da punição que eles possam receber, caso sejam pegos. Sobre isso, cabe perguntar: quais são, afinal, as principais condições e causas dos crimes praticados por menores? Apenas investigações sociológicas competentes, apoiadas em dados estatísticos abundantes e precisos, poderiam responder a essa pergunta. Em todo caso, não parece verossímil, pelo menos à primeira vista, que a principal causa da criminalidade juvenil seja a confiança na amenidade da possível punição. Ainda que esse fator possa ter sua influência, estaríamos então obsecados pela discussão sobre uma das causas acessórias de uma parte estatísticamente pequenina de um grave problema. Pura insensatez.

Nossa péssima educação, mais uma vez

Eis mais uma triste notícia sobre o sistema de educação nacional.
O único débil consolo da notícia é a menção a um pequeno atraso estatístico dos dados, devido à maneira como o ranking é construído.
Em todo caso, as mudanças recentes no sistema educacional brasileiro estão longe de serem vigorosas e certamente não farão o Brasil avançar muitas casas na próxima divulgação desse ranking.
A reportagem comenta ainda as condições que conferem à Finlândia e à Coréia do Sul os primeiros lugares. Por um lado, um clara valorização profissional do professor - pagamento de bons salários, prestígio social e valorização da competência -; por outro lado, culturas nacionais nas quais a educação é vista como um dos principais valores sociais.