segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Alianças de curto e de longo prazo

Texto do Mauro Santayana sobre o que, segundo ele, deveria nortear a política externa brasileira. A história das nações criaram circunstâncias que as impelem a certas alianças em detrimento de outras. Para Santayana, a posição geopolítica da França a conduz a estreitar os laços com a União Européia e com o EUA, enquanto ao Brasil seria sempre mais vantajoso no longo prazo aproximar-se de outros países "periféricos" (por enquanto): Índia, África do Sul, Angola, China. Essas tendências ou afinidades eletivas não impediriam acordos circunstanciais específicos, sempre que objetivos comuns aparecerem. Eis o pragmatismo das relações diplomáticas, que nada mais é do que a arte de saber jogar sempre em benefício próprio e, sempre que possível, em benefício dos outros países.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

A economia em 2014, segundo Nassif

Mais uma equilibrado e bem fundamentado prognóstico de Luis Nassif sobre a economia brasileira. Algumas perguntas ficam no ar: as agências de classificação de risco rebaixarão a nota do Brasil? As prováveis manifestações do próximo ano terão impacto no desempenho econômico do Brasil? O terrorismo informacional, que certamente vai aumentar com as proximidades das eleições, vai contribuir para desestimular os investimentos produtivos no Brasil?

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

A opinião de Dalmo Dallari sobre o "julgamento do mensalão"

Cristalina exposição do renomado jurista Dalmo Dallari sobre as inconstitucionalidades cometidas pela corte responsável por resguardar a Constituição brasileira.
http://youtu.be/Pwl4HaFJrDg

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Quem produz o que comemos?

Impressionante relato de Pedro Stedile, líder do MST e da Via Campesina, sobre o oligopólio transnacional que se formou ao longo do século XX e hoje teria baseado a produção da maior parte dos alimentos em seis ou sete tipos de grãos (soja, feijão, sorgo, arroz, ...). Sua conclusão: o capitalismo teria empobrecido perigosamente a dieta de praticamente todas as sociedades até agora introduzidas no processo de globalização econômica. Apesar do relato tenebroso de Stedile no Vaticano, ele se diz otimista e crê que ainda verá acontecer uma reforma agrária popular em escala mundial.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

A velha armadilha da taxa básica de juros

Texto do Nassif bastante esclarecedor sobre a armadilha ideológica e econômica montada pelos agentes do mercado financeiro internacional para submeter os governos nacionais como o brasileiro aos seus interesses. Trata-se de um jogo pesado, de gente grande, muito difícil de compreender e de vencer. Um jogo decisivo para o futuro do país.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Bolsa-família X bolsa-banqueiro: como gastar o dinheiro público?

Reproduzo aqui gráficos que ilustram os gastos do governo brasileiro com o conjunto de despesas reunidas sob o título de benefícios sociais. Os gráficos comparam os perfis desses gastos nos governos FHC, Lula e Dilma. Como esses gastos são geralmente as primeiras "vítimas" dos cortes necessários (mesmo?) para produzir superávit primário e poder, com a sobra gerada, pagar os sagrados juros devidos aos credores (banqueiros), vale a pena reter bem na memória o quanto do total de riquezas produzidas pelo país (PIB) é destinado aos benefícios sociais. Detalhe importante lembrado pelo autor do artigo anexo: a parte mais significativa dos gastos sociais está associada ao valor do salário mínimo. Como os governos Lula e Dilma promovem desde o início uma franca política de valorização do salário mínimo, os gastos públicos com benefícios sociais aumentaram significativamente, diminuindo a margem para a produção de superávit primário. Conclusão: não há como defender aumento do superávit primário sem defender uma diminuição dos gastos com benefícios sociais. A pergunta é: por que realizar superávits primários mais altos? No que isso seria benéfico para a economia brasileira? Em que sentido isso seria benéfico para a economia e ao mesmo tempo benéfico para a maioria dos trabalhadores formais e informais brasileiros?